segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Onde está a ARTE? Onde está o ARTISTA?

Olá!

Nos tempos de faculdade, quando cursava Artes Plásticas, uma questão que sempre rendia muito debate e que dificilmente atingia um consenso era a discussão sobre "o que é ARTE?", ou o que pode ser ou não considerado Arte (com A maiúsculo mesmo).

Vários artistas, teóricos da Arte, filósofos, em diversos contextos espaço-temporais se detiveram a essa questão. Geralmente recorremos a eles quando desejamos embasar nosso próprio conceito de Arte: nos sentimos mais fortes e poderosos ao dizermos "concordo com Fulano de Tal quando ele diz que Arte é....".

Optei por não citar nenhum esteta, nenhum "bam bam bam" do meio artístico, e nem mesmo oferecer meu próprio conceito de Arte, que há tempos deixou de ser uma questão perturbadora para mim.

Não me interessa mais saber se algo pode ou não ser considerado Arte, e nem me incomodo mais se as pinturas de tulipas, girassóis ou copos de leite sobre telas pré-riscadas, e com a paleta de cores indicada no passo-a-passo de alguma revista, são chamadas de Obras de Arte, ou se seu "fazedor" se auto-define como artista plástico, "categoria" para a qual tive que estudar 6 anos para pertencer. Se elas trouxeram algo de positivo para quem a fez, ou mesmo para quem a colocou na parede de sua casa, enriquecendo seu cotidiano, ÓTIMO!

Atualmente ando mais interessado em buscar ONDE ESTÁ A ARTE, seja nas obras expostas em uma galeria, numa criação publicitária, na decoração de uma casa, seja em um objeto industrializado...

Já houve situações em que vi mais ARTE em uma feirinha de artesanato do visitando uma Galeria de Arte (mas claro, tudo é uma questão de quem olha e interpreta).

Em outras situações, frequentando exposições com pessoas "leigas" ou que nunca tivessem estudado nada sobre Arte, me espantei ao perceber que elas fizeram leituras mais ricas do que a minha sobre aquilo que estávamos vendo, pois eu estava mais preocupado com conceitos - é Arte ou não é? - ou com as condições da montagem, enfim, acabava esquecendo de OLHAR com o devido carinho e respeito para aquilo se se apresentava diante de mim.

Curioso também é que ando me sentindo mais ARTISTA, mesmo não produzindo praticamente nada que meus queridos professores (queridos mesmo - sem ironia) entenderiam como Arte: me sinto artista ao me vestir, ao organizar minhas coleção de Budas, e realizado grandes composições como decorador de festas, e até mesmo de residências. Vejo Arte em tudo que faço (mas claro, tudo é uma questão de quem olha e interpreta) (2).

Tenho muito respeito pelos conceitos, pelos pensadores que os formularam, foi muito importante conhecê-los, assimilá-los... mas me sinto especialmente bem em deixá-los de lado por tempo indeterminado!


Sérgio Rodrigues

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